domingo, 25 de maio de 2008

Gabriel

Garcia Marquez escreveu: A vida não é a que gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la. Incrível, como as pessoas traduzem o que a gente sempre pensa. E a vida é exatamente isso. Por isso as pessoas não entendem quando outras beijam uma pessoa com a qual não é possível continuar. Beijamos porque queremos parte do outro em nós. Beijamos porque admiramos a loucura do outro. Beijamos porque fomos encantados. E queremos o encanto de uma lembrança. A lembrança de estar junto a quem sonhamos, enganamos e fingimos esquecer. Mas, na verdade beijamos porque a vida não é a que gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la. E poderemos cantar e contar que um dia, viveu alguém diferente, que fazia de nós exatamente o que queria, que tinha tanto poder e sequer sabia e que um dia, por mágica houve beijos e apegos reais e imaginários. E, a existência teve sentido, descobrimos pelo que morreríamos e por alguns segundos a existência valeu a pena e a lembranda da felicidade é felicidade, vivida, contada e repassada. Esse texto tem um nome, eu sei.

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